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CPI do Transporte Coletivo vai investigar compra de ônibus nos últimos 15 anos - Bruno Pessuti

CPI do Transporte Coletivo vai investigar compra de ônibus nos últimos 15 anos

08 de Agosto de 2013
O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Coletivo de Curitiba, vereador Bruno Pessuti (PSC) antecipou que a Comissão irá solicitar dados sobre a compra de ônibus nos últimos 15 anos. O objetivo é investigar se ônibus que já foram indenizados na época da permissão (antes de 2010) continuam sendo utilizados para o transporte de passageiros na cidade.
“Solicitaremos a apresentação da data início de operação, identificação alfanumérica e conciliação com chassi, bem como RENAVAM  e outras informações de cada veículo que integrou a frota nos últimos 15 anos”, explicou Bruno Pessuti.
O anúncio foi feito durante a reunião da CPI realizada nesta quinta-feira (08) que contou a participação da Sociedade Civil, representada pelos idealizadores da ação popular contra o edital de licitação da Urbs, proposta em 2010.

ÔNIBUS INDENIZADOS
Durante a apresentação do professor Lafaiete Neves, que integrou a Comissão de Análise da Tarifa e representa a Plenária Popular do Transporte Coletivo, foram apresentados documentos como acordos e aditivos ao contrato firmado entre a Urbs e as empresas no momento da concessão.
Como permissionárias, as empresas tinham recebíveis relacionados a indenizações trabalhistas pela desmobilização de pessoal, vales transportes falsos e a indenização da frota reversível – o que totalizava mais de R$ 192 milhões. Por frota reversível entende-se os veículos adquiridos para uso exclusivo no sistema de Curitiba, como os ligeirinhos e biarticulados, e que não poderiam ser aproveitados em outras cidades.
Com relação às indenizações trabalhistas, como as empresas que venceram a licitação foram as mesmas que já operavam no sistema, pode não ter existido a desmobilização de pessoal. “Portanto, este custo, estimado em mais de R$ 39 milhões, precisa ser melhor explicado”, observa o relator da CPI.
Sobre a frota, é preciso descobrir se a frota reversível foi indenizada no momento da Outorga ou se foi utilizada como crédito, destaca Bruno Pessuti. “Se foi utilizado como crédito, é preciso verificar se a Urbs poderia ter feito isto, já que os ônibus, uma vez indenizados, seriam do Município, seriam públicos”, completou. Para o vereador, o que pode ter acontecido é uma manobra contábil no momento da Outorga.